quinta-feira, 26 de novembro de 2009

PROENÇA É DO BENFICA MAS SPORTING GANHOU



A "estória" que se segue aconteceu a anteceder o Benfica-Sporting, realizado no Estádio da Luz, em 4/1/04, ganho pelos leões por 3-1.


Antes da narração do sucedido, quero dizer que, tal como eu me assumo do Sporting, o que não me impede de como jornalista ser profissional, o mesmo acontecerá com os árbitros que podem ser de um dos clubes que intervêm num qualquer jogo por eles dirigido sem que isso influencie o seu desempenho.


Na véspera de mais um clássico, na circunstância Benfica-Sporting realizado em Janeiro de 2004, a nomeação do árbitro foi, como sempre, alvo de polémica. O escolhido pela Comissão de Arbitragem, tal como agora, foi o lisboeta Pedro Proença.


Após o anúncio da nomeação, chegou-me aos ouvidos, na minha condição de director do Sporting para a comunicação social, que Proença era sócio do Benfica, e de camarote. A informação vinha de fonte segura, e por isso não tive qualquer problema em partilhá-la com o director executivo da SAD que, na altura, era José Bettencourt, actual presidente leonino.


Dada a situação, sugeri que aquilo que era um facto fosse posto a circular. Autorização dada e assim aconteceu. Dois dias antes do encontro, a notícia apareceu publicada em alguns jornais e foi um grande "chiribiri". Pedro Proença não confirmou nem desmentiu. Apesar da confusão causada por uma verdade insofismável, com o natural incómodo para algumas personagens, manteve-se a nomeação.


No dia do jogo Proença lá estava de apito na boca, pronto para fazer o seu trabalho. E para que ninguém tivesse dúvidas, aos 8 minutos de jogo, apontou uma grande penalidade, a favor do Sporting, num lance muito duvidoso, que deu no primeiro golo dos leões, apontado por Rochemback.


O Sporting acabou por vencer por 3-1. Silva e Sá Pinto,  também, de penálti, mas este sem sombra de pecado, apontaram o segundo e terceiro golos. Luisão marcou o tento de honra do Benfica.


Após o encontro, as críticas por banda do Benfica e da comunicação social, ao árbitro da partida, foram arrasadoras. Diziam, na maioria, que Proença quis ser tão isento que "borrou a pintura toda". Os benfiquistas afirmavam que não precisavam de consócios assim.


Como se vê, é difícil agradar a todos e quando se trata de um derby lisboeta é mesmo o "fim da picada".


Faço esta revelação ciente de que, na função que tinha no Sporting naquele tempo, era minha obrigação defender os interesses do meu clube.


Aproveito para desejar uma boa prestação a todos os intervenientes no jogo deste sábado. Proença tem categoria para fazer um excelente trabalho.


Carlos Severino