terça-feira, 26 de outubro de 2010

O PORTO, O BENFICA E A INGENUIDADE DE UM PRESIDENTE


Em vésperas de Porto-Benfica veio-me há memória uma "estória" em que, curiosamente, o  FCP acabou por "ajudar" o Benfica a vencer o campeonato de1994. Aqueles 6-3 em Alvalade grantiram a vitória encarnada. Mas a "estória" podia ser outra se  Pinto da Costa tivesse podido atender o pedido do Presidente do Sporting, Sousa Cintra.

A TENTATIVA DE CINTRA

Parecia ser o Sporting, mas acabou por ser o Benfica a festejar o Título da época 93/94. Para trás tinha ficado o célebre verão quente de 93, quando os leões atacaram as águias e trouxeram para Alvalade Paulo Sousa e Pacheco. Também João Vieira Pinto era para ter ingressado no Sporting, mas uma manobra traiçoeira no seio dos dirigentes leoninos fez com que a operação abortasse já com tudo acertado.

Com uma equipa onde pontificavam Figo, Peixe, Paulo Sousa, Nelson, Capucho, Paulo Torres, Marinho, e Filipe, todos Campeões do Mundo de Sub - 20 em 1991, o Sporting, comandado por Carlos Queiroz, praticava o melhor futebol  e apresentava-se na recta final do campeonato como o grande favorito. E foi nessa condição que se apresentou nas Antas.O FCPorto estava arredado do Título, mas venceu por 2-0 com o Sporting a acabar o encontro com 8 jogadores. O árbitro foi Carlos Valente, juíz conotado com simpatias benfiquistas,  que expulsou Peixe, Juskowiak e Vujacic. O jogo com o Benfica era dali a 2 jornadas. Peixe e Juskowiak ficariam de fora por terem apanhado 2 jogos de castigo.

A DEMARCAÇÃO DE PINTO DA COSTA

Ora toda esta "estória" teve contornos que só uns anos mais tarde entendi.No princípio desta década, num dia de Porto-Sporting, numa recepção restrita a 13 pessoas, Pinto da Costa, que é um excelente anfitrião, contou, a determinado passo, que no ano de 94, nas vésperas do jogo Porto-Sporting, Sousa Cintra se lhe dirigiu dizendo-lhe que achava que ele simpatizava mais com o Sporting do que com o Benfica e que o sabia como homem influente, por isso lhe pedia que interviesse a favor dos leões, nomeadamente na área dos árbitros!

Pinto da Costa, a sorrir, disse aos convivas que respondeu a Cintra dizendo-lhe que não tinha influência nenhuma e que nada podia fazer já que achava que tudo se deveria resolver em campo.

Em campo já se sabe o que aconteceu. O Sporting acabou por perder para o Benfica que se sagrou Campeão. Curiosamente, pouco tempo depois Manuel Damásio substituia Valentim Loureiro na direcção da Liga, antecedendo, no cargo, Pinto da Costa.



NÃO ACREDITO EM BRUXAS...

Não há provas concretas de que tenha havido tráfico de influências, ou de outra natureza, na decisão do Título. Ao certo, apenas se sabe que não foi normal aquela arbitragem de Carlos Valente, nas Antas, que retirou a possibilidade de Peixe e Juskowiak jogarem com o Benfica. A assumpção de Manuel Damásio como Presidente da Liga, em substituição de Valentim Loureiro e antecedendo Pinto da Costa, também foi algo  fora do comum. Resta a ingenuidade de Cintra, que já se deve ter arrependido de ter falado.

Carlos Severino

domingo, 24 de outubro de 2010

APLAUSO E ASSOBIO - SEMANA 18 A 24 OUTUBRO





APLAUSO






DIOGO SALOMÃO

Quem disse que é preciso gastar balúrdios para encontrar talentos? Salomão é o paradigma do que pode ser uma gestão desportiva atenta e vantajosa para um clube. No caso, o mérito é do Sporting que tantos milhões tem gasto em "pernas de pau", mas desta vez foi na muche e por tostões.

Diogo Salomão passou pelos modestos Damaiense e Real Massamá e chegou ao Sporting apenas aos 22 anos. Mas ainda a tempo de alardear toda a sua qualidade e ser o jogador que mais mostra  garra e  querer numa equipa que está a tentar encontrar-se.

Se o "miúdo" não se deslumbrar e o Sporting não o quiser despachar a breve prazo, haverá mais um talento capaz de dar grandes alegrias aos Sportinguistas e à Selecção de Portugal.




ASSOBIO





FIFA

O negócio futebol envolve já uma dimensão obscura tal que um dia destes morre a "galinha dos ovos de ouro".

As denúncias que a imprensa inglesa relata sobre as compras de votos para atribuição de candidaturas aos Mundiais de 2018 e 2022, levantam a ponta de um véu que cobre muitos interesses de uns quantos que estão dentro de uma organização (FIFA) que devia regular o futebol estando acima de qualquer suspeita.

Se o exemplo não vem de cima, então não há moral para se exigir rigor e transparência seja a quem for.


Carlos Severino

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O "ENORME" MONIZ PEREIRA


Moniz Pereira tem quase 90 anos e está com um problema de saúde que espero seja apenas passageiro. É que afinal ele sempre pareceu de ferro, pela persistência e pela teimosia com que sempre defendeu as suas teses. Os resultados são mais que conhecidos. Tudo em benefício do Sporting e de Portugal. Por ter o privilégio de conhecer o Prof. e com ele ter convivido em diversas situações, aqui partilho algumas "estórias".


O PROF. E O CORO

Recuo a 1969 para recordar a primeira vez que estive pessoalmente com Moniz Pereira. Não, não foi no atletismo ou em qualquer situação desportiva. Foi num acampamento, em Santo António dos Cavaleiros, onde eu e mais uns quantos jovens, que compunham um grupo coral, fomos dirigidos por Moniz Pereira, numa noite de Outubro, iluminados por uma enorme fogueira. Foi uma noite marcante, onde as nossa vozes ecoaram afinadas e comandadas por um maestro de luxo.


A CONVICÇÃO DE UM HOMEM

Em 1972, o atleta Carlos Lopes dava nas vistas em Portugal. Ainda antes dos Jogos Olímpicos de Munique, vi Moniz Pereira, na televisão, a dizer que os atletas portugueses eram tão bons como os melhores, precisando apenas ter condições de trabalho para atingirem grandes marcas. Confesso que na altura fiquei impressionado com a certeza com que MP disse aquilo. Veio a provar-se poucos anos depois com Carlos Lopes a conquistar Prata nos JO de Montereal. Depois foi o que se sabe.

Em resultado de tudo o que aconteceu, em 76 fui fazer atletismo no Sporting. O meu treinador era o saudoso Manuel Faria que fazia parte da equipa técnica de Moniz Pereira. Nessa altura ficava ali fascinado a ver MP a dar treino a Carlos Lopes e Fernando Mamede, entre outros, na velhinha pista de cinza.


O SENHOR ATLETISMO E O JORNALISTA

Como jornalista entrevistei algumas vezes o Prof. Normalmente falávamos de futebol, em momentos menos bons do Sporting, onde ele recordava o tempo em que foi preparador físico da equipa, mais concretamente da que venceu o Campeonato em 1970, treinada por Fernando Vaz. Moníz Pereira falava, com um brilhozinho nos olhos, da simplicidade de métodos e dos resultados obtidos em contraponto com resultados menos conseguidos noutras alturas.

O AMOR AO SPORTING E AO ATLETISMO

Moniz Pereira é um homem com os sentimentos à flor da pele. Quando fala de algo marcante não consegue evitar as lágrimas. Foi assim que, já no Sporting, presenciei vários momentos, em diversos eventos, onde a presença do Prof. enchia-nos de orgulho por haver alguém como ele no nosso Clube.

Mesmo de provecta idade, Moniz Pereira nunca deixou de lutar para que o atletismo do Sporting fosse uma grande referência do Clube. Mesmo com muitas dificuldades, nunca sucumbiu ao desânimo das contrariedades. Lembro-me bem de numa época, ainda com Dias da Cunha como Presidente, MP ter recebido a notícia de um corte na verba para o atletismo que colocava em causa a qualidade da equipa. Pois bem, o Prof. foi à luta criando os "Amigos do Atletismo" e acabou por superar as dificuldades financeiras conseguindo manter os melhores atletas.

UM PROBLEMA NOS JOGOS DE 2000

Para terminar estas referências a Mário Moniz Pereira, assinalo uma conversa que tivemos pouco antes dos Jogos de Sidney, em 2000. Passei pelo gabinete do Prof. para o cumprimentar e verifiquei que estava com um ar preocupado. Como não era hábito, não pude deixar de lhe perguntar a que se devia a sua preocupação. Respondeu-me dizendo que a sua ida aos JO estava em risco! Perguntei-lhe porquê, se tinha algum problema. Ele que tinha quase 80 anos na altura, disse-me que a sua mãe estava doente! Confesso que fiquei surpreendido porque nem sequer imaginava que a senhora era viva. Mas era. Tinha cerca de 100 anos.

NOTA FINAL

Espero eu e todos nós, por certo, que Mário Moniz Pereira regresse brevemente a sua casa e ao Sporting. Um homem com a têmpera do Prof. vai, com toda a certeza, ultrapassar mais esta barreira, ele era e é "especialista". Todos estaremos cá para o receber de braços abertos e dizer-lhe, mais uma vez, nunca é demais, obrigado pelo que fez pelo Sporting e por Portugal.

Carlos Severino

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

APLAUSO E ASSOBIO - SEMANA 11 A 17 OUTUBRO




APLAUSO






RONALDO


Está em grande, Ronaldo como ressuscitou para a selecção e para o Real Madrid. Está de volta aos melhores momentos de 2008. A continuar assim, por certo que será candidato ao melhor do Mundo de 2010.


Não sei se o factor Mourinho influencia, mas que Ronaldo está em grande, lá isso está, para bem de Portugal.






ASSOBIO





FPF


A demissão do Conselho de Justiça é um rude golpe no actual status da FPF, Ser das únicas federações a estar fora da lei é algo que não se percebe muito bem.


Depois do vergonhoso caso Carlos Queiroz, até que ponto a FPF vai resistir à impunidade de um organismo que deveria ser exemplar. Ou está acima da lei?




Carlos Severino

terça-feira, 12 de outubro de 2010

SPORTING - IR À "GUERRA"

Teve lugar na Liga um encontro de Presidentes dos clubes da 1ª e 2ª Ligas. A propósito de tal meeting e de José Bettencourt dizer que o Sporting não se mete em certas "guerras", veio-me à memória o mesmo encontro realizado mas por proposta de Dias da Cunha, o então Presidente do Sporting, em 2001/02. Nesse tempo não houve medo de ir à "guerra". E os resultados para o Sporting foram óptimos.

A ESTRATÉGIA

Dias da Cunha, mal chegou à presidência do Sporting, cedo percebeu que era preciso que o Clube se assumisse como líder na definição de estratégias conducentes à regulação de uma indústria e de um negócio que estava nas mãos de um poder oculto, que dominava tirando a parte de leão dos respectivos benefícios financeiros e desportivos.

A estratégia foi amadurecendo com o sentimento de que era necessário envolver toda a gente e em especial Pinto da Costa, um Presidente ganhador a quem os outros potenciais protagonistas teriam dificuldade em dizer que não.

Mesmo sabendo que nos bastidores do futebol se atribuía a PC a paternidade do chamado SISTEMA, Dias da Cunha não hesitou em avançar para o líder dos dragões. Para DC, Pinto da Costa já tinha ganho tanta coisa que, para que lhe fosse retirada a imagem que todos falavam à boca pequena, era capaz de aceitar, para limpar esse estigma, dar um forte contributo para que o futebol fosse transparente no plano económico/financeiro e desportivo.

O ALIADO FRANKENSTEIN

Determinado, Dias da Cunha, que pensava grande para o Sporting, num almoço de boas-vindas ao FCP, no velhinho José Alvalade, perante cerca de duas dezenas de pessoas, entre as quais eu, levantou-se e, olhos nos olhos, disse a Pinto da Costa que não conotava o FC Porto com o Sistema e que achava que o dito era um Frankenstein que tinha fugido ao criador e por isso ali lhe lançou o desafio para ajudar a relançar o futebol indígena. Pinto da Costa ruborizou, mas respondeu que nos anos 80, ainda sem Liga, os Presidentes dos clubes reuniam-se para abertamente falarem dos problemas do futebol. Adiantou, ainda, que via com bons olhos o ressurgir desses encontros e que estaria na linha da frente para que isso acontecesse.

Dias da Cunha venceu o primeiro round. O  encontro inicial, só com clubes da 1ª Divisão, realizou-se em Alvalade e ninguém faltou. Seguiram-se Antas e Luz aí já com os clubes da 2ª Liga. Quando tudo parecia caminhar para o sucesso, Benfica e Boavista demarcaram-se, alegando incompatibilidades inultrapassáveis e tudo acabou por borregar, aliás como havia muita gente a vaticinar.

Apesar do inêxito da acção, para o futebol português, o Sporting assumiu uma posição de relevo, arrastando consigo os outros clubes numa assumpção clara de liderança. Nessa mesma época, os Leões venceram o Campeonato, a Taça de Portugal e a Super-Taça. Curiosamente, a SAD leonina era presidida por Miguel Ribeiro Teles e o administrador delegado era... José Bettencourt!

NOTA FINAL

Apesar de quer Teles, quer Bettencourt nunca se terem exposto na "guerra" contra o Sistema, o Sporting foi à "guerra" e venceu as batalhas daquela época já distante. Dias da Cunha fez as despesas da casa, indo à "guerra". Como se diz: para se ganhar a "guerra" é preciso entrar nela. Quem diz que não entra, mas que vende "artelharia" da qualidade de Moutinho a um "inimigo de interesses" e dá 6,5 M por um perna de pau não pode mesmo entrar nem na "guerra", nem em nada que não seja a subjugação a um preço muito elevado.

Dias da Cunha haveria de pagar caro a ousadia de ir à "guerra". O "Sistema", com gente de dentro, encarregou-se de o afastar e estragar uma época, 2005, que ficou conhecida pela temporada do "quase". Quem perdeu foi o Sporting, que se tornou num clube que ninguém respeita e completamente subalterno aos interesses de quem controla.

Carlos Severino

domingo, 10 de outubro de 2010

APLAUSO E ASSOBIO - SEMANA 4 A 10 DE SETEMBRO





APLAUSO






PAULO BENTO

Entrou com o pé direito numa missão que, não sendo impossível, é difícil. Paulo Bento conseguiu, para já, pôr Ronaldo a jogar bem na Selecção e os restantes jogadores a praticar um futebol agradável e eficaz.

Um bom começo é um indicador positivo para o desejado apuramento para a fase final do EURO 2012, mas ainda não garante nada. Vamos ter de aguardar pelo desenlace dos 5 jogos que falta disputar.

Para já, parece que o ambiente serenou à volta da Selecção depois de um processo vergonhoso para consumar o afastamento de Carlos Queiroz. É claro que Paulo Bento nada tem a ver com o que, lamentavelmente, se passou e resta-lhe pugnar e trabalhar para que Portugal não interrompa a saga de apuramentos consecutivos para mundiais e europeus que soma desde 2000.




ASSOBIO




VÍTOR PEREIRA

O líder da arbitragem do futebol português pôs-se a jeito e agora é atacado por todos os lados. Primeiro aceitou o pedido de explicações do Benfica por causa do jogo em Guimarães. Agora vem o FC Porto desafiá-lo para dar explicações sobre o jogo que também foi em Guimarães. A esta solicitação Vítor Pereira não perdeu tempo em assumir que intervirá sempre que as situações o exijam.

Pode ter sido com boa intenção, mas o resultado das intervenções do responsável do sector mais falado do futebol português é desastroso e podia ter sido evitado.

Até agora o clamor veio de águias e dragões. São só os pesos pesados do campeonato. Resta saber se Vítor Pereira será tão lesto quando as reclamações surgirem de emblemas menos "cotados".

Carlos Severino

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A COMUNICAÇÃO NO SPORTING 2

Sou, porventura, dos poucos jornalistas a ter vivido intensamente os lados de fora e de dentro de um Clube chamado de grande. Essa experiência permite-me fazer um retrato das venturas e desventuras de uma relação em que os protagonistas vão entrando e saindo de cena, a grande velocidade, sem perceberem que, ao contrário deles, os Jornais Desportivos, por exemplo, vão continuar e que sempre serão o melhor ou o pior meio para passar mensagens. Tudo depende da forma como se passam as ditas. E mesmo depois de tantas situações paradigmáticas, é estranho que haja quem insista em ameaças veladas que conduzem ao ridículo e em vez de gerarem respeito geram revanche e fragilização que, normalmente, só podem ser "combatidos" com bons resultados. E quando não há bons resultados, é o que se vê e o que se lê.

JOZIC E O DITO POR NÃO DITO

"Estória" de uma má comunicação

Mirko Jozic foi treinador em Alvalade na época de 98/99. Era um técnico com bastante experiência, nomeadamente pela vivência que teve na América do Sul, com muito traquejo a lidar com a comunicação social. Apesar de ter posto o Sporting a jogar o melhor futebol do campeonato, os resultados não foram os melhores muito por culpa de arbitragens contrárias à verdade desportiva e que muito prejudicaram os leões.

Com a pressão da comunicação social a fazer-se sentir, Jozic, um sisudo por natureza, conseguia sempre responder a todas as perguntas com um ligeiro sorriso. Um dia, farto de ser massacrado com as questões sobre os resultados menos bons, resolveu pedir aos dirigentes leoninos para se fazer um corte com os jornalistas!

Os dirigentes quiseram satisfazer o pedido de Jozic e chamaram-me para transmitir que a solicitação do treinador a Sala de Imprensa não ia abrir por uns tempos. Espantado com a situação, sempre fui dizendo que era um disparate fechar o espaço destinado aos profissionais da comunicação já que isso, seguramente, se virava contra o Clube. Mas a insistência foi tal que, mesmo não concordando, tive de cumprir a ordem do meu "patrão". Tentei explicar o inexplicável aos jornalistas presentes que não paravam de perguntar por que não estava aberta a Sala de Imprensa, acabando eu por confessar que se tratava de uma decisão do míster que não queria falar.


Mal terminou o treino ainda no antigo relvado ao lado do velhinho Alvalade, Jozic tinha de atravessar a rua,  foi ver os jornalistas em cima do técnico, perguntando a razão por que não queria falar. Jozic, com o habitual meio sorriso sempre, foi dizendo que não sabia de nada e que iria à sala de imprensa sem problemas!


Os jornalistas vieram ter comigo indignados, acusando-me de lhes estar a mentir! Não perdi tempo e contactei rapidamente o dirigente na altura responsável pela SAD, dizendo-lhe que não contavam comigo para aqueles números de circo. O dirigente confrontou, de imediato, Jozic com a situação e o que é certo é que o míster acabou por não ir à sala de imprensa, mas não deixou de criar mais um caso.

CONCLUSÃO

A comunicação foi gerida um pouco ao sabor de impulsos mal medidos, não sendo levado em conta quem percebia do assunto. O resultado foi uma imagem de desorganização que prejudicou o Clube e mostrou fragilidades e falta de coesão logo aproveitadas para tornar públicos os desnortes de uma organização muito desorganizada. E quando assim é não há comunicação que resista, mesmo com profissionais da área capazes de fazer um bom trabalho.

Esta "estória" é uma de tantas por mim vividas, que reflecte erros de quem tem poder e que se continuam a cometer por teimosia, arrogância, pretensiosismo, afronta e desprezo completo para com o 4º poder que afinal é, muitas vezes, o primeiro. Quem não tem a noção disso corre riscos que podem ser fatais. Foi o caso de Nixon, ex. Presidente dos EUA, por exemplo.

Carlos Severino






















domingo, 3 de outubro de 2010

APLAUSO E ASSOBIO - SEMANA 27 SETEMBRO A 3 OUTUBRO





APLAUSO





PAULO SÉRGIO

O treinador do Sporting ganhou mais um balão de soro com uma fantástica vitória europeia por 5-0. Ainda por cima sem Liedson.

O Sporting surpreendeu e deixou, de novo, expectativas para os próximos jogos da Liga onde os leões não têm estado nada bem.




ASSOBIO




DOMINGOS PACIÊNCIA

O Sporting de Braga desta temporada tem sido bem diferente, para pior, do da época passada. Depois do surpreendente afastamento do Sevilha da Champions, era suposto que a equipa de Domingos não baqueasse de forma tão grande quer na Liga e ainda mais na Europa onde sofreu duas goleadas seguidas.

A falta de experiência na Champions não explica tudo, mas ainda há muita coisa em aberto e pode ser que cá como na Europa o Braga volte ao brilho que já nos habituou, até porque a exibição na Luz  foi de bom nível.

Carlos Severino