quinta-feira, 24 de junho de 2010

"ESTÓRIAS" DA SELECÇÃO-3-OLIVEIRA NO FCP

 

Está, praticamente, assegurada a passagem da Selecção á fase seguinte do Mundial. No EURO 96 também aconteceu o mesmo, só que nessa altura o seleccionador já tinha o futuro assegurado no FCP. Mas Oliveira tratou do assunto de uma forma peculiar.





OLIVEIRA SEM CONVITE PARA CONTINUAR!

No EURO 96 houve alguma agitação no seio da Selecção. Com o apuramento assegurado na fase de grupos, muito se falava da possível transferência de Baía para o Barcelona e da saída de António Oliveira para o FC Porto.

Apesar do falatório, ninguém confirmava nada. Baía apenas dizia que gostava de ir para o Barça e até, através do microfone da TSF, pediu a Pinto da Costa para o deixar ir. Oliveira optou por outra táctica. À questão colocada por mim e pelo José Carlos Soares, repórter da TVI na altura, se ia renovar com a FPF, respondeu que não lhe tinha sido endereçado qualquer convite e que assim sendo se sentia desobrigado a continuar. Com o registo das suas declarações, não perdi tempo em colocá-las na antena da TSF. Ora isso gerou uma grande confusão junto da restante comunicação social, que foi apanhada de surpresa com tais declarações.

Antes do treino no Villa Park, estádio do Aston Villa, onde a Selecção ia jogar com a República Checa de Poborsky, diversos jornalistas, entre eles o peso pesado Ribeiro Cristóvão da RR, demonstraram o descontentamento com Oliveira por, segundo eles, privilegiar a TSF e a TVI . O seleccionador não se fez rogado e remeteu-os para mim e para o José Carlos Soares, não dizendo nem mais uma palavra.

No dia do jogo com a R. Checa, antes do início do encontro, tive oportunidade de confrontar Gilberto Madaíl e Alberto Silveira (já falecido), dirigente responsável pela Selecção, com as declarações de Oliveira. Perplexos, os dois não sabiam o que me haviam de dizer e numa fuga para a frente responderam que, naquele momento, o importante era o encontro que se seguia.

 
É claro que todos percebemos que António Oliveira tinha elaborado um alegado estratagema para justificar a sua ida para o FCP que seria anunciada, oficialmente, após o Portugal 0 República Checa 1, com o famigerado golo de Poborsky.




NOTA FINAL

Fiz o jogo para a TSF com o meu amigo e grande jornalista Carlos Daniel, e lembro-me que nessa noite quase não dormimos com o "desgosto" pelo afastamento da Selecção e por isso não deixámos dormir ninguém em Birmingham. Foi o efeito de "beber para esquecer".

 
Agora na África do Sul, espero que seja diferente e que consigamos chegar o mais longe possível.




Carlos Severino