quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SPORTING - OS CANDIDATOS

Durante a minha passagem pelo Sporting (98/06) presenciei várias eleições, mas em apenas um acto eleitoral, o último em 2006, houve mais que um candidato. Agora perfilam-se vários sendo que dois já avançaram, Braz da Silva e Bruno Carvalho, havendo, ainda, notícias de que Godinho Lopes, Dias Ferreira e Zeferino Boal se preparam para se lhes juntar. Aqui vou deixar algumas notas do conhecimento que tenho dos que, em princípio, vão disputar o cadeirão do poder em Alvalade.

DIAS FERREIRA

Começo por Dias Ferreira que é quem conheço há mais tempo. Em 98 Dias Ferreira era assessor da SAD leonina e por lá esteve até Outubro de 99. Saiu com a chegada de Luís Duque. Embora tenha andado amiúde na órbita de Alvalade, foi sempre uma personagem polémica e controversa,  tendo várias vezes mostrado intenção de ir a votos. Primeiro após a saída de Dias da Cunha e depois antes de JEB ir a votos, acabando por acompanhar o ainda Presidente como líder da Assembleia-geral. Ou seja, apesar dos ameaços nunca passou de candidato a candidato, o que poderá acontecer agora.

GODINHO LOPES

Luís Godinho Lopes aparece no Sporting em 99 pela mão de Roquete, integrando a lista única, como vice-presidente, que se submeteu a sufrágio no princípio daquele ano. Empresário experiente e de sucesso na área do imobiliário, Godinho Lopes assumiu-se como o homem da construção da Academia e do Estádio, não se metendo no futebol. Perante um delicado caso de justiça do qual acabou ilibado, não hesitou em se demitir de imediato das funções de dirigente leonino. Agora, com toda a legitimidade, vai assumir a candidatura à presidência do Sporting.

BRUNO DE CARVALHO

Conheci Bruno de Carvalho aquando da final da Taça UEFA em Alvalade. Convidou-me para um jantar comemorativo onde fui com o meu saudoso amigo, Aragão Pinto e alguns dos heróis da conquista da Taça das Taças. Já na altura era empresário com boas relações com o mercado Russo e vivia o Sporting com grande paixão. Fez uma série de propostas para as comemorações do Centenário, tendo mesmo criado um site onde dava conta dos acontecimentos que iam sucedendo por sua iniciativa. É o presidente da Fundação de Solidariedade Aragão Pinto que criou em homenagem àquele sportinguista, infelizmente, já desaparecido. Bruno de Carvalho já apresentou o seu programa por escrito. Posso dizer que já li o documento, que me parece bem estruturado e merecedor de ser visto pelos Sportinguistas.

BRAZ DA SILVA



Nunca tinha ouvido falar do candidato Braz da Silva. Para já teve a ousadia de apresentar uma candidatura disparada pelo jornal Expresso, o que lhe confere alguma força. Falou de milhões, mas ainda não conseguiu ser convincente nas propostas que apresenta. A expectativa quanto ao que pode valer é grande. Caberá a Braz da Silva demonstrar, claramente, porque devem os Sportinguistas apostar nele.

PS: Braz da Silva, inesperadamente, ou talvez não, saiu de cena alegando ameaças e pressões que o fizeram dar o dito por não dito. Perante esta atitude demonstrou que não tinha estaleca para ser Presidente do Sporting. Devia ter avaliado a situação antes de ter avançado, com pompa e circunstância, através do Expresso que também não ficou bem na fotografia.



ZEFERINO BOAL


Zeferino Boal prepara-se, também, para se apresentar como candidato. Conheço-o há muitos anos como uma pessoa incómoda que teve, a espaços, alguns desempenhos na estrutura do Sporting. Intervêm com frequência nas Assembleias-Gerais e esteve na candidatura de Abrantes Mendes. Zeferino Boal tem a apresentação da sua candidatura agendada para o próximo dia 16, num hotel de Lisboa.

NOTA FINAL

Este post não tem por objectivo apoiar ninguém, nem dar vantagem a este ou aquele, na corrida a um lugar de enorme responsabilidade cujo a herança é bem pesada. Apenas ficam algumas linhas gerais do conhecimento que tenho dos candidatos, mantendo, no entanto, que em nada me chocava que o houvesse um Abramovich, um Berlusconi, ou algo semelhante, que conseguisse elevar o Sporting ao nível que os Sportinguistas gostavam e merecem. Em Portugal o único com essa capacidade, se quisesse, seria Joaquim Oliveira que, acreditem ou não, será sempre decisivo  na escolha do senhor que se segue a Bettencourt.