Jorge Jesus está em alta. Este é o momento para contar uma curiosa "estória" de um homem que chegou ao topo no Benfica, sendo Sportinguista como tive oportunidade de verificar há uns anos atrás.
JESUS EM ALVALADE
Já conhecia Jesus dos meus tempos da TSF quando ele andava pelo Felgueiras, equipa que subiu da 2a.B até à primeira divisão, e pelo Estrela da Amadora. Quando vi Jorge Jesus em Alvalade, dirigi-me para o cumprimentar e perguntar-lhe a que se devia a sua presença por ali. Disse-me, com muito orgulho, que estava a acompanhar o seu pai que ia receber o emblema dos 50 anos como sócio do Sporting Clube de Portugal.
A cerimónia lá decorreu no 7º andar do edifício Visconde Alvalade, no salão da direcção, com a presença dos galardoados e dos mais altos dirigentes leoninos.
No final do evento voltei a trocar algumas palavras com Jesus. Como o treinador pela primeira vez em muitos anos estava no desemprego, perguntei-lhe se tinha alguma coisa em perspectiva. Respondeu-me com muita tranquilidade, dizendo-me que estava à espera que o telefone tocasse mas que, entretanto, iria aproveitar aquele tempo fora do activo para se valorizar, fazendo estágios junto de treinadores de nomeada.
Salvo erro Jesus esteve parado uma temporada, tendo regressado em 2006/07 como técnico do Belenenses onde fez duas temporadas de excelente nível. Depois veio o Braga e o Benfica.
Curiosamente, o nome de Jesus foi apontado como uma das hipóteses para treinador do Sporting para a época 2001/02. Acabou por ser Boloni o escolhido.
Jorge Jesus merece-me todo o respeito e admiração pela subida a pulso até ao topo, numa profissão muito competitiva logo com um escrutínio muito apertado.
Carlos Severino
