O tempo é de pendurar as botas. 33 anos depois, António Gonçalves parte para a reforma deixando saudades pela sua dedicação, eficácia e simpatia. Fez muitas amizades e tem seguramente a minha admiração.
Gonçalves, um Homem de Selecção
Ao longo da minha carreira cruzei-me várias vezes com o António Gonçalves. Estive, especialmente, mais tempo com ele no Euro 96. Não era de muitas falas. Com o seu sorriso maroto sempre se relacionou bem com os jornalistas e estava sempre disposto a ajudar quando queríamos fazer umas futeboladas para descomprimir.
Quando tocava a serviço, nada nem ninguém o desviava do objectivo: servir impecavelmente a Selecção.
Numa profissão onde lidou com tantas exigências quer de craques, quer de treinadores e dirigentes, nunca me recordo de ouvir da sua boca nenhum azedume.
Com este breve texto pretendo, apenas, realçar o esforço e a dedicação de alguém que passou a sua vida profissional a servir a Selecção de Portugal, sendo ele, seguramente, o mais internacional de todos os que até agora passaram pela FPF.
Um abraço, Grande Gonçalves. Se fores capaz, goza agora umas merecidas férias.
Carlos Severino