ANTI CRISE NO FUTEBOL
A receita de 26,5 milhões obtida, até agora, pelas equipas portuguesas nas competições Uefeiras demonstra que a crise não chegou ao futebol luso. Exemplo como o do Braga que obteve 12,5 milhões em receita, apesar de ter mudado substancialmente a equipa em relação à época passada, vem demonstrar que é possível ser competitivo não descorando a receita necessária para se manter em alto nível.
O trabalho sob a liderança de António Salvador e do treinador Domingos Paciência, é a amostra real do paradigma que devia ser seguido por outros clubes, nomeadamente o Sporting que já se viu ultrapassado pelos arsenalistas no que respeita a resultados desportivos e financeiros. Afinal não custa nada, é só colocar acima de tudo os interesses do Clube numa gestão condizente com a realidade.
O Futebol é um produto que pode ser rentável desde que os gestores vejam para além dos interesses pessoais. Se a postura tiver em conta os interesses das instituições, tudo se pode tornar mais fácil e mais esclarecedor para os adeptos e opinião pública em geral. E todos ganham. Os adeptos porque podem ver bons espectáculos com bons artistas; os clubes porque podem fazer bons negócios, os dirigentes porque ganham prestígio e credibilidade. A prestação de Porto, Benfica, Braga e Sporting, este em menor escala, deram para que Portugal tenha 3 equipas na Champions na temporada de 2012/13. Isso representa mais interesse na Liga portuguesa, mais incremento no negócio, mais disputa por lugares de acesso aos milhões da Europa. Um exemplo para que os políticos possam tirar partido na resolução dos graves problemas do País.
Carlos Severino
