Estamos no novo Ano e é preciso ter esperança num futuro positivo e, acima de tudo, não nos deixarmos abater pelas situações menos positivas, como fez o ex jogador e treinador do Sporting, Fernando Mendes.
Estamos no ano de 1965, Fernando Mendes é um jogador de eleição, joga a médio, actua no Sporting onde é capitão de equipa desempenhando, também, esse cargo na Selecção Nacional.
Entra em campo com a camisola das quinas para defrontar a então Checoslováquia, em encontro decisivo para a qualificação do Mundial de 1966.
Poucos minutos passados Fernando Mendes, em lance mais vigoroso, lesiona-se e Portugal fica a jogar com 10 até o fim. Apesar disso sai vencedor com golo de Eusébio, pois claro.
No regresso a Alvalade, com os diagnósticos da altura, Fernando Mendes sujeita-se a uma operação ao menisco. Faz depois a recuperação, mas ao fim de um ano continuava a queixar-se. Em nova observação do departamento clínico do Sporting chegam à conclusão que afinal o menisco lesionado é o outro que não foi tirado. É, de novo, operado mas nunca mais foi o mesmo. Ainda jogou na África do Sul, em França acabando, salvo erro, no Atlético onde o vi a treinar com liga elástica no joelho afectado.
Como jornalista e com a minha passagem pelo Sporting, tive oportunidade de conhecer Fernando Mendes, com quem disputei, com outras figuras dos leões como Mário Lino e Figueiredo, "renhidas" e animadas partidas de futebol de 5 e futvólei na velhinha Nave. Não precisava de se mexer muito para mostrar uma classe que nunca perdeu com o andar do tempo.
Estamos no ano de 1965, Fernando Mendes é um jogador de eleição, joga a médio, actua no Sporting onde é capitão de equipa desempenhando, também, esse cargo na Selecção Nacional.
Entra em campo com a camisola das quinas para defrontar a então Checoslováquia, em encontro decisivo para a qualificação do Mundial de 1966.
Poucos minutos passados Fernando Mendes, em lance mais vigoroso, lesiona-se e Portugal fica a jogar com 10 até o fim. Apesar disso sai vencedor com golo de Eusébio, pois claro.
No regresso a Alvalade, com os diagnósticos da altura, Fernando Mendes sujeita-se a uma operação ao menisco. Faz depois a recuperação, mas ao fim de um ano continuava a queixar-se. Em nova observação do departamento clínico do Sporting chegam à conclusão que afinal o menisco lesionado é o outro que não foi tirado. É, de novo, operado mas nunca mais foi o mesmo. Ainda jogou na África do Sul, em França acabando, salvo erro, no Atlético onde o vi a treinar com liga elástica no joelho afectado.
Como jornalista e com a minha passagem pelo Sporting, tive oportunidade de conhecer Fernando Mendes, com quem disputei, com outras figuras dos leões como Mário Lino e Figueiredo, "renhidas" e animadas partidas de futebol de 5 e futvólei na velhinha Nave. Não precisava de se mexer muito para mostrar uma classe que nunca perdeu com o andar do tempo.

Pensando bem é verdade que há coisas piores na vida, mas um jovem com uma carreira promissora ver-se arredado do Mundial de 66 e arredado da própria carreira por um erro médico, não é coisa fácil de se engolir.
No entanto não vi nenhum azedume, nenhuma nostalgia, nenhuma recriminação de uma pessoa que eu já admirava e que passei a admirar ainda mais.
Esta "estória" é o exemplo provado de que a força psicológica é muito importante para se ser campeão, também, na resposta às adversidades, como fez o "Grande" Fernando Mendes.
Carlos Severino